Síria enfrenta maior onda de violência desde 2020

O dado preocupa a nação que completa hoje 13 anos em guerra

Relatório das Nações Unidas recém-publicado destaca os principais ataques recentes

Hoje, a Guerra na Síria completa 13 anos. Nesta mesma semana, foi divulgado o relatório das Nações Unidas com notícias preocupantes sobre a nação. “A Síria está vivendo a maior onda de violência desde 2020”, disse a Comissão de Investigação das Nações Unidas sobre a Síria.  


Segundo o escritório do Alto Comissariado de Direitos Humanos (OHCHR, da sigla em inglês), “há muitas frentes de batalha, grupos em conflito atacam civis e a infraestrutura, de modo a acumular crimes de guerras. Ao mesmo tempo, crises humanitárias sem precedentes afligem a população na Síria com profundo desespero”.  
 


Paulo Pinheiro, o chefe da Comissão, disse que “a Síria presencia a maior escalada da violência em quatro anos. Dada a turbulência na região, uma mobilização internacional para conter o conflito no solo sírio é imperativa. A Síria também precisa desesperadamente de um cessar-fogo”. 
 


Escalada da violência
 

Paulo Pinheiro também confirmou que mais de 90% da população vive em pobreza, a economia está em rápido decrescimento e as sanções estão mais rígidas no país. “Como uma terra sem lei, práticas predatórias e extorsão de forças armadas e milícias se multiplicam”, disse Paulo.  

 

Um dos picos recentes do conflito aconteceu em outubro de 2023, quando um drone lançou bombas em uma cerimônia da academia militar do exército sírio na cidade de Homs. O ataque causou 63 mortes, incluindo 37 civis e inúmeros feridos. Nenhum grupo assumiu a responsabilidade pelo ataque.  

   

Nas semanas seguintes, o governo sírio e as forças russas contra-atacaram ao menos 2.300 áreas controlados por grupos opositores ao governo sírio. O incidente também deixou mais civis mortos e feridos. Hospitais, escolas, supermercados e acampamentos de deslocados internos também foram atingidos, segundo a OHCHR.  

 

“Aproximadamente 120 mil pessoas fugiram, sendo que muitas delas já foram forçadas a fugir muitas vezes antes. Não deveria nos surpreender que o número de sírios que procuraram asilo na Europa em outubro do ano passado tenha sido o maior dos últimos sete anos. A Síria ainda é a maior crise de deslocados internos com mais de 13 milhões de sírios impossibilitados de voltar para suas casas”, disse o comissário Hanny Megally. 

 

Aumento de deslocados internos 

O relatório não apenas destaca os ataques da Síria e do exército russo, mas também incidentes relacionados à guerra em Gaza. Em outubro de 2023, Israel atacou 35 vezes locais e forças armadas em Alepo e Damasco sob a alegação de serem aliados do Irã na conspiração contra Israel. 

 

Já no Norte da Síria, o exército turco acelerou as operações contra Forças Democráticas Curdas. Recentemente, eles fizeram ataques aéreos em torres de energia, o que deixou aproximadamente um milhão de pessoas sem água e eletricidade por semanas. Civis também foram mortos em ataques aéreos de drones turcos.  

 

Como resultado desse cenário, 16,7 milhões de pessoas no país requerem assistência humanitária, o maior número de pessoas em necessidade desde o início da crise, em 2011. A queda brusca de doações forçou a ONU a suspender a entrega regular de comida na Síria, por isso, o número de sírios famintos aumentou ainda mais.  

 

Diante disso, a Portas Abertas convoca a igreja brasileira a orar pela paz na Síria e por todos atingidos pela guerra, pela violência e pela crise econômica há 13 anos. Doe alguns minutos do seu dia para orar por esses pedidos.  

 

Leve esperança para jovens sírios 

Os jovens cristãos são o presente e o futuro das igrejas sírias. Eles precisam descobrir seus dons e como ser atuantes em suas comunidades. Doe um curso profissionalizante a um rapaz ou moça e capacite-os a responder às necessidades de seu povo. 

 

Pedidos de oração 

  • Ore pelo fim da guerra na Síria.  
  • Clame a Deus por alimento para os famintos e cura para os traumas da guerra. 
  • Interceda pelo trabalho das igrejas locais como referência de compaixão e esperança para a Síria. 


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