Conheça a busca de Sara pela verdade e seu encontro miraculoso com Cristo
A vida da jovem iraquiana Sara começou a mudar quando ganhou uma Bíblia e descobriu um Deus totalmente diferente do que conhecia |
Sara cresceu em uma vizinhança de maioria cristã no Iraque, apesar de ser de família muçulmana. Ela queria saber por que a melhor amiga, que era cristã, ia à igreja toda semana. Com cerca de 15 anos, tentou ir à igreja com a amiga pela primeira vez. O guarda não a deixou entrar por ser muçulmana. Como não estava acostumada a ouvir não como resposta, perguntou à amiga como se tornar cristã. Apesar de não ter interesse real em se converter, estava curiosa sobre aquele lugar difícil de alcançar.
Alguns dias depois, a amiga deu a ela uma Bíblia. Sara começou a ler, o que despertou ainda mais curiosidade. “Quando li a Bíblia, fiquei confusa. Muitas perguntas surgiram”, relembra Sara. A religião que aprendeu desde pequena a ensinou a viver com medo de Deus. Então o que leu na Bíblia conflitou com o que ouviu a vida toda: “Como Deus pode me punir se a Bíblia diz que Ele me ama e morreu por meus pecados?”.
Em busca de respostas, Sara perguntou ao pai, mas ele explicou que a Bíblia era um livro fabricado. “Deixe isso para lá, não leia mais”, ele disse. “Mas eu não consigo deixar pra lá”, disse Sara. Então comparou o Alcorão com a Bíblia e ficou “surpresa e horrorizada”. Pensou que o Deus da Bíblia não poderia ser real, “porque era pacífico e amoroso e no Alcorão era totalmente diferente”, explica.
Sara passou muito tempo pesquisando livros islâmicos. Porém, quanto mais lia, mais horrorizada ficava. Após acabar o Ensino Médio, foi aceita em uma escola médica em Bagdá, mas a amiga foi para uma escola em Kirkuk. Sentindo que precisava de um cristão para guiá-la, Sara foi até os vizinhos cristãos. “Eu sou cristã agora”, ela disse, mas a resposta deles foi desanimadora: “Não existe a possibilidade de um muçulmano se tornar cristão”, disseram.
Em busca de respostas
“Eu fiquei devastada”, conta, mas logo percebeu que a atitude dos vizinhos não era exclusiva. Quando entrou na faculdade, em 2013, visitou muitas igrejas históricas que a rejeitaram e lhe deram a mesma resposta. Felizmente, a jovem não desistiu. “Eu pensei que nunca seria aceita. Um dia, encontrei no Facebook um homem que nasceu muçulmano, mas se tornou cristão. Ele postava sobre isso em suas redes sociais. Eu passei a segui-lo e assistir seus vídeos”, conta. Mas as mensagens eram críticas e agressivas, sem nenhuma compaixão aos muçulmanos e sua necessidade de um salvador.
Influenciada, Sara julgava os membros de sua família, chegando a atacá-los verbalmente. A resposta da família veio por meio de insultos verbais. “Minha madrasta disse que eu me tornara uma infiel e forçou o filho dela a não falar mais comigo”, relembra. “Um dia, durante o jantar, discutiam sobre as diferenças entre o islamismo xiita e o sunita. Eu disse ao meu pai: ‘O que são todas essas ideologias? Deus ama vocês e quer que venham para ele’.” Foi quando o pai de Sarah colocou a filha sob prisão domiciliar. “Todo esse tempo você perguntou sobre o cristianismo. Achei que fosse apenas uma fase, que passaria. Mas, aparentemente, não criei você direito”, disse à filha.
Então o homem a quem Sara amava profundamente tirou o celular dela e a trancou no quarto. “Ele disse: ‘Vamos ver como seu Deus a fará sair’. Fiquei muito assustada e chocada, afinal, meu pai sempre foi gentil comigo.” Por dez dias, ela ficou trancada sem nada para comer. “Apesar disso, toda noite sonhava com um lugar escuro e que havia alguém que pegava minha mão e me levava para um lugar muito brilhante”, disse.
“Embora minha situação parecesse perdida e impossível, ainda tinha esperança e fé em Cristo.” Quando o pai finalmente abriu a porta, a situação de Sara era ainda pior. “Ele me disse: ‘Prepare-se, amanhã você se casará. Eu não criei você direito, talvez seu marido o faça.” E novamente trancou a porta. “Nesse ponto, fiquei com raiva de Jesus e orei: ‘Você é um mentiroso. Se fosse real, me tiraria daqui. Para provar que é real, me salve, porque prefiro morrer a me casar”, conta.
Um resgate milagroso
Sara continua: “Na manhã seguinte, alguém veio como uma luz, segurou minha mão e me levou para fora do quarto fechado. Senti como se estivesse em transe, como um sonho. Ele me colocou em um carro e acordei em um quarto de hotel em uma cidade no Norte do Iraque, a horas de distância de onde eu morava. Fiquei realmente assustada quando descobri onde estava. Achei que estivesse sonhando, mas um funcionário do hotel veio me dar comida.”
Depois de um tempo, um oficial a levou para uma sala onde disse: “Geralmente, uma garota foge de casa por medo do pai ou por um homem. Qual sua história?”. “Sim, eu fugi com alguém”, disse ao oficial. “Quem é ele e por que não está aqui?”, perguntou. Naquele momento, ela tomou coragem e disse: “Ele está aqui comigo. Está sempre comigo”. “Quem é ele?”, ele perguntou. “Deus”, eu respondi.
Então ela contou sua história, mas o oficial disse que precisava confirmar com o pai dela. Sara ficou com medo e preocupada de encará-lo, mas, ao mesmo tempo, se sentiu corajosa e mais forte do que nunca. Dois dias depois, o pai de Sarah chegou ao local. “Quem a tirou do quarto e a trouxe até aqui? A câmera de casa e do posto de controle foram interrompidas apenas no horário em que você saiu!”, ele questionou.
Sara perguntou: “Quem tem a chave do meu quarto? Quem está com meu celular? Mesmo se pudesse fazer alguma coisa com a câmera de casa, como mexeria na câmera do posto de controle? Tudo aconteceu porque você desafiou a Deus. Você disse: ‘Deixe o seu Deus tirar você daqui’. E foi o que ele fez”. Ele estava confuso, não sabia como responder. “Eu me senti vitoriosa”, disse Sarah, mas sua felicidade não durou muito. “Eu preferia que você tivesse fugido para se casar com alguém e não tivesse feito isso”, o pai disse. As palavras e ações dele a feriram profundamente, afinal ele era tudo para ela.
Saiba o que aconteceu com Sara após a conversa com o pai dela em notícia que será publicada na próxima semana.
Projetos de geração de renda
Por meio de parceiros locais, a Portas Abertas apoia cristãos como Sara. Nosso objetivo é oferecer projetos a cristãos para que permaneçam em seu país e vivam para Jesus. Sua doação torna isso possível e garante que mais famílias cristãs sírias sejam beneficiadas com projetos de geração de renda e reforma de casas.