Um dos fatores das jovens rejeitarem o cristianismo é a crença de que a maioria das igrejas não tratam mulheres e homens de forma igual.
Imagem ilustrativa. (Foto: Unsplash/Brooke Cagle). |
Uma pesquisa recente revelou que as meninas da nova geração estão abandonando a igreja mais do que os meninos, pela primeira vez em anos.
O estudo da Survey Center on American Life, divulgado na semana passada, investigou as opiniões sobre religião das gerações baby boomers, Geração X, millennials e Geração Z.
O que chamou a atenção dos pesquisadores foi o fato de que na Geração Z, aqueles que mais deixaram a fé cristã foram as meninas (57%). Enquanto 37% dos meninos abandonaram a igreja e se identificaram como não religiosos.
Nas demais gerações, são os homens que mais deixam a fé: baby boomers (57%), Geração X (55%) e millennials (53%).
Segundo a pesquisa, a Geração Z é a primeira geração em que a porcentagem de mulheres que abandonaram a fé cristã é maior do que o número de homens que deixaram a igreja.
Engajadas em ideologias não cristãs
O estudo explica que um dos fatores das jovens rejeitarem o cristianismo é a crença de que a maioria das igrejas não tratam mulheres e homens de forma igual.
65% das meninas da Geração Z pensam que as igrejas tratam homens e mulheres de forma desigual. Nas gerações mais antigas, o percentual de mulheres que têm o mesmo pensamento é menor.
As ideologias não cristãs foram outra razão citada pelos pesquisadores para explicar o declínio da religiosidade entre as jovens da nova geração.
“61% das mulheres da Geração Z se identificam como feministas, muito mais do que as mulheres das gerações anteriores”, afirmaram.
Pautas sobre aborto e ideologia LGBT também foram mencionadas. A maioria (54%) das mulheres jovens acreditam que o aborto deveria estar disponível sem qualquer restrição.
Preocupação para igrejas
O relatório da Survey Center afirmou que a diminuição da fé entre as meninas da nova geração é preocupante para a Igreja, já que as mulheres exercem um papel importante no serviço e discipulado.
“A diminuição do envolvimento religioso entre as jovens representa um desafio único para as igrejas e congregações”, destacou a pesquisa.
“Estudos mostram que as mulheres tendem a contribuir com muito mais tempo e energia para a construção de comunidades e esforços voluntários em locais de culto. Sem esta fonte dedicada de trabalho, muitas congregações não serão capazes de servir os seus membros e as suas comunidades”, alertou.
A pesquisa ainda ressaltou que as mulheres têm um papel fundamental na transmissão da Palavra de Deus e dos valores cristãos aos filhos.
“Os americanos que foram criados em lares religiosos dão mais crédito às suas mães do que aos seus pais por liderarem a sua educação religiosa, e as crianças que são criadas em lares de religiões mistas têm maior probabilidade de adotar a fé da sua mãe na idade adulta”, afirmou.