Extremistas religiosos disseram que o pastor destruía a harmonia da vila ao ensinar sobre um Deus estrangeiro.
Indianos são atacados por seguir Jesus. (Foto representativa: Portas Abertas) |
Hari Rana (nome fictício por motivos de segurança) é pastor na Índia e serve numa vila onde o cristianismo não é aceito. Desde que ele se decidiu por Cristo, vem enfrentando grande oposição por parte da comunidade local.
O pastor já foi preso duas vezes, mas disse que não imaginava que o pior ainda estava por vir. “Durante nosso culto de Páscoa, extremistas religiosos e a polícia invadiram a igreja. Eles nos ameaçaram e disseram que todos seriam presos”, compartilhou conforme a Portas Abertas.
Na delegacia, Hari foi interrogado junto com os outros membros que foram presos. “Enquanto era interrogado, os extremistas não só estavam presentes, mas pressionavam os policiais a se oporem a nós”, disse.
“Os oficiais nos perguntaram: Quem deu a vocês o direito de fazer isso? Eu respondi: A Constituição indiana, minha Bíblia e o Deus que eu adoro”, compartilhou ao explicar às autoridades que nunca forçou ninguém a aceitar Jesus e que as pessoas ouvem sua pregação e vão à igreja quando aceitam.
Igreja é fechada e lacrada
Segundo a Portas Abertas, a polícia não se importou com as explicações do pastor Hari. “Eles continuaram alegando que eu destruía a harmonia da vila ao ensinar sobre um Deus estrangeiro”, continuou ele.
“Eles me disseram duramente para não realizar mais cultos na igreja. Os extremistas que estavam lá ameaçaram me matar, em frente aos policiais. Depois disso, a polícia fechou e lacrou a igreja”, disse ainda.
Hari tentou de tudo, mas não teve permissão para continuar realizando os cultos na igreja e a única solução será se reunir de forma secreta, em pequenos grupos, nas casas dos fieis.
Hari deixou claro que, mesmo sob ameaça de morte, vai continuar firme em sua fé: “Vou continuar servindo ao Senhor. Cristo me deu sua vida e todos esses anos me protegeu das ameaças. Sei que ainda há muito trabalho a ser realizado no Reino de Deus”, concluiu.