Após um ano do avivamento na universidade, Zachary Meerkreebs relembrou detalhes sobre o movimento.
Alunos durante o culto em Asbury. (Foto: Reprodução/YouTube/Evangelical Focus) |
Um ano após o avivamento na Universidade de Asbury, nos Estados Unidos, o pastor Zachary Meerkreebs relembrou a experiência de pregar no culto que começou com um pequeno grupo de alunos — mas durou duas semanas ininterruptas e atraiu o olhar do mundo.
Depois de uma pregação semanal um pouco mais longa do que o habitual, baseada em Romanos 12, sobre a necessidade de viver no amor, Zachary desafiou os alunos a permanecerem na capela e orar.
“Não foi o meu sermão mais brilhante”, disse Zachary ao Evangelical Focus.
Apenas 19 estudantes ficaram, e enquanto oravam, começaram a experimentar a presença de Deus entre eles de uma maneira sobrenatural.
Depois disso, por mais de duas semanas, a Universidade de Asbury se tornou um ponto de encontro para milhares de pessoas que chegavam de diversas partes do mundo para adorar a Deus.
Um ano depois, o pastor ainda está comovido com o que aconteceu. Em uma entrevista recente ao Evangelical Focus, ele descreveu a experiência e contou porque acredita que a Igreja está às portas de um novo tempo, no qual Deus pode fazer grandes coisas.
Relembrando os primeiros momentos em Asbury, o pastor disse: “Na primeira hora vivenciamos apenas um momento de adoração, mas dava para perceber que eles estavam realmente clamando a Deus e rapidamente percebemos que o Senhor estava nos encontrando de uma forma única”.
E continuou: “Nas horas seguintes, passamos de 19 pessoas para cerca de 1.500. Naquela noite, os reitores das universidades se reuniram e sentiram que Deus poderia estar fazendo algo especial, então decidiram continuar durante a noite. Isso continuou crescendo a tal ponto que durante 16 dias aconteceram cultos ininterruptos, e vimos 60.000 a 70.000 pessoas vindo de todo o mundo, e isso se multiplicou para outros nove locais”.
“Foi um mover único de Deus para uma geração que precisava experimentar sua bondade. Vimos o Espírito Santo se movendo de maneira poderosa. Vimos milhares de pessoas vindo a Cristo, vimos cerca de 400 estudantes sentirem o chamado para a missão em todo o mundo e foi 100% espontâneo”, acrescentou.
Zachary disse que após 16 dias os líderes comissionam os estudantes a levarem ao mundo o que experimentaram no local. Segundo ele, todo o movimento começou de forma simples,
“O que precisamos é que Deus se mova entre nós, entre pessoas comuns que simplesmente amam Jesus. Acredito que os jovens querem ver algo simples e autêntico, algo real. Pode ser isso que Deus está fazendo agora”, afirmou o pastor.
“Avivamento” x “Derramamento”
Zachary falou sobre a repercussão de algumas pessoas que buscam dar nome ao movimento.
“Acho que todos querem dar um nome a isso, e tudo bem. Pessoalmente, gosto de exemplificar com o texto de João 9. Havia um cego que foi curado e os fariseus estão tentando fazer com que ele diga algo que colocará Jesus em apuros, estão procurando algo em que se agarrar para tirar vantagem da situação, e repetidamente eles perguntaram ao cego se ele sabe que Jesus é o Messias. E ele disse: ‘Só sei que era cego e agora vejo’”, relatou o pastor.
E continuou: “Sinto que essa é a minha posição, não sei se é um avivamento ou um despertar. Só sei que durante 16 dias experimentamos Deus de forma profunda”.
Ele explicou que muitos dizem que às vezes há derramamentos únicos do Espírito Santo e múltiplos derramamentos como estes produzem um avivamento, assim um avivamento sustentado trará um grande despertar.
“Não sou contra isso, mas só quero ficar na posição de agradecer pelo que vivi. Não sei se preciso chamar de algo concreto, mas apenas agradeço por fazer parte disso”, disse ele.
Alcançando os jovens
Na entrevista, o pastor também refletiu se as igrejas no Ocidente estão conseguindo compartilhar Jesus com os jovens.
“Isso requer um nível de humildade dos cristãos para se relacionar com aqueles a quem Ele veio servir. A Igreja Ocidental não tem sido a encarnação correta da fé, não nos empenhamos, por isso as pessoas nem sequer estão interessadas em Jesus”, afirmou ele.
“Há uma fome e uma curiosidade neste momento, de criar espaços para discípulos autênticos, para uma liderança autêntica que mostre Jesus. A beleza de tudo isso é que quando as pessoas o encontram, elas o desejam. Assim podemos criar espaços onde as pessoas encontrem Cristo”, acrescentou.
Zachary, sua esposa e suas filhas moram em Lexington, Kentucky, nos EUA, a cerca de 20 minutos da Universidade de Asbury. Ele já atuou como missionário e plantador de igrejas.
Atualmente, o pastor está focado no treinamento espiritual, especialmente da geração mais jovem.
“Meu objetivo é estar com líderes e jovens que precisam de incentivo. A amizade com Jesus tem pesado em meu coração. Quero compartilhar como ser mais parecido com Cristo e como, cada vez que estamos com Ele, nos tornamos mais amigos”, explicou ele.
“Essa é a minha missão. Oro para que tenhamos um encontro único com Deus, para que possamos experimentar um derramamento do seu Espírito, seremos todos líderes melhores e mais eficazes se estivermos convencidos da nossa amizade e amor com Jesus”, concluiu o pastor.