Amy Orr-Ewing entrou em um quartel-general militar islâmico onde foi recebida por um líder que esperava pela Palavra de Deus.
A missionária Amy Orr-Ewing. (Foto: Reprodução/YouTube/Streams Studio) |
Enquanto estudava Teologia, uma missionária contou que Deus a direcionou para uma missão no Afeganistão.
“Eu tinha um interesse particular pelo Islã, então, junto com um grupo de estudantes, oramos por aquela parte do mundo e pensamos: ‘Talvez Deus esteja nos chamando para ir’”, disse Amy Orr-Ewing ao canal no YouTube, Streams Studio.
Segundo Amy, as mulheres no Afeganistão não tinham permissão para estudar. Em Londres, antes da viagem missionária, ela teve um sonho onde entregava Bíblias aos líderes talibãs.
“Então, eu acordo na manhã do nosso voo e compartilho esse sonho encorajador com os outros e eles dizem: 'Achamos que isso é Deus'”, lembrou Amy.
O grupo preparou cerca de 30 a 40 exemplares do Novo Testamento e quatro cópias completas da Bíblia para a missão.
“Enchemos nossas malas de pedra com esses livros e algumas camisetas por cima”, contou ela. No caminho, eles foram parados por uma inspeção onde seria necessário verificar as bagagens.
“Eles estavam com as armas nos ombros e verificaram as malas. Eles simplesmente não fizeram nenhum comentário sobre todos aqueles livros. Deus os cegou”.
Resposta de oração
No Afeganistão, Amy chegou à uma cidade que só havia uma casa para hospedar turistas. Um jornalista que também estava no local informou que o grupo não iria conseguir falar com ninguém, pois até o momento, nenhum veículo tinha conseguido uma entrevista.
“Nós pensamos: ‘Ok, talvez nós estejamos aqui apenas para orar, veremos o que acontece no dia seguinte’”, disse Amy.
Um morador da região levou o grupo para conhecer um quartel-general militar, onde o Ministro da Educação do Talibã permitiu a entrada de Amy no local.
“Eu estava com a bolsa das Bíblias e entramos no quartel-general do Ministro da Educação do Talibã, do Ministro das Relações Exteriores e do Ministro da Religião, como ele se autodenomina ‘O Guardião do Alcorão Sagrado’”, contou a missionária.
E continuou: “São os altos escalões que estão lá. Estávamos perguntando a todos eles sobre suas crenças islâmicas e então chegamos ao ponto em que dissemos: ‘Trouxemos um presente para você e achamos que este é o presente mais precioso que qualquer ser humano dar a alguém”.
Nesse momento, o marido de Amy explica que se tratava da Bíblia: “Então o Ministro da Religião do Talibã diz: ‘Eu sei exatamente o que é a Bíblia. Eu orei durante anos para que eu pudesse ler a Bíblia. Vou lê-la todos os dias até terminar. Obrigado por me trazer uma’”.
Amy contou que o Ministro da Educação também manifestou interesse em ler a Bíblia alegando que queria melhorar seu inglês.
“Estou estudando em uma das principais universidades do mundo, onde há todos os tipos de pessoas céticas em relação à religião. Há todo o tipo de ideias diferentes sobre quem é Deus e no que devemos acreditar. Mas, no coração de um dos regimes mais fundamentalistas que o mundo já conheceu, estava um homem orando: ‘Me envie uma Bíblia, eu quero lê-la’”, relatou Amy.
E concluiu: “Isso mudou a minha vida, essa experiência mudou a forma como vejo pessoas com quem nosso Deus pode falar e alcançar. Mas também mudou meu coração ao ver pessoas incluindo outras que são realmente hostis ou que têm pontos de vistas muito diferentes dos meus com compaixão”.