Pai de santo se converte após ir à igreja para tentar interromper batismo do filho

Eduardo Santos passou 30 anos no ocultismo. Hoje, ele prega Jesus através de seu chamado missionário.

Eduardo Santos no batismo do filho. (Foto: Reprodução/YouTube/Testemunho Eduardo Santos)

Eduardo Santos passou mais de 30 anos como pai de santo. Após desenvolver uma doença com 1 ano de idade, sua mãe o levou para um curandeiro na região de Manaus. Lá, o homem afirmou que ele tinha sido escolhido e a mãe deveria entregá-lo, caso contrário, ele morreria e a família seria amaldiçoada.

A família, que já tinha envolvimento com o ocultismo, aceitou entregá-lo e aos 11 anos, Eduardo teve a primeira possessão demoníaca e foi apresentado ao candomblé. Desde então, ele aprendeu a fazer rituais e com 13 anos já era sacerdote de um terreiro. 

“A minha vida era aprender diretamente não só pelas mães de santos, mas sim com os próprios espíritos que eram os professores”, disse ele em um vídeo no YouTube.

Após se casar e constituir uma família, ele manteve sua esposa e filho afastados de sua prática no ocultismo.

“Mesmo servindo a Satanás, conscientemente eu sabia que ali não era  lugar para eles”.

O filho de Eduardo, que também se chama Eduardo, conheceu um cristão que o levou para um grupo de jovens que compartilhavam o Evangelho através de um campeonato de videogame.

“Ele perguntou se eu gostaria de participar do ‘Pequeno Grupo’ que seria para um jogo de videogame, e aquele contato com as pessoas cristãs foi algo diferente para mim”, contou o filho. 

Após três meses frequentando o grupo, ele foi convidado para ir à igreja e decidiu se batizar: “Foi um dos períodos mais difíceis que nós passamos aqui em casa”.

Sidilene Santos, esposa de Eduardo, também passou a frequentar a igreja com o filho e contou: “Aquilo ali passou a mexer muito comigo e eu me emocionei muito ouvindo os louvores e a Palavra de Deus”.

Eduardo passou a desprezar a família: “Os espíritos diziam que ali era a minha destruição, então eu tinha que contra-atacar. E do começo ao fim eu entrei em guerra com a minha família. Mas tudo que eu fazia se voltava ao contrário, porque aí eles se fortaleciam na fé”.

O batismo do filho

Eduardo filho convidou o pai duas vezes para o batismo, no entanto ele se recusou. 

“No momento do batismo eu estava trabalhando e de repente os espíritos mandaram eu dispersar todo mundo que eu tinha que me preparar para uma guerra. Eles já estavam posicionados e mandaram eu me arrumar”, contou Eduardo.

E continuou: “Eu fui para a igreja para invadir a congregação para colocar cada um dos irmãos, inclusive o pastor, em possessão para que o batismo não acontecesse. Mas, ao chegar na porta da igreja, os espíritos pela primeira vez durante todos os 30 anos que eu vinha servindo a eles, pararam e disseram que não podiam entrar e eu acabei entrando sozinho para acabar com o batismo”.

Eduardo carregava um punhal de sacrifício com a intenção de furar qualquer um que o tocasse: “Quando eu entrei, meu filho já estava pronto para ser batizado e eu senti tanta raiva que eu fui para amaldiçoar ele”.

“A gente já tinha noção de que se ele fosse, ele iria daquele jeito e ocorreria um grande conflito espiritual ali. Eu sabia que não seria um momento fácil”, relembrou o filho.

E o pai relata: “Quando eu atravessei as portas, eu senti um poder sobrenatural ali que eu nunca tinha sentido na minha vida durante todos esses anos e me deixou calmo. Naquele momento, eu fiquei com medo e entendi que eu não poderia lutar com aquela força sobrenatural. Eu não sabia o que era, mas não podia lutar. Porque ela já tinha amarrado aquele exército de espíritos que estava do lado de fora e naquele momento a única coisa que eu poderia fazer era abençoar o meu filho”.

Depois de descer as águas, o filho pegou o microfone e disse: “Pai, independente da religião eu te amo muito”, e o abraçou em seguida.

Eduardo não acreditava no amor, pois cresceu em uma casa com os pais separados e nunca ouviu a palavra “amor” em casa. 

Batalha espiritual

Quatro dias depois, Eduardo foi ordenado a matar o filho e a esposa. Porém, se recusou a fazer e foi obrigado a abandonar a família.

“Os espíritos mandaram eu escolher cinco cidades, mas no porto não tinha passagem para nenhuma das cinco. Então, acabei indo para casa de um tio e lá eu falava muito mal dos evangélicos. Mas, eu que fugia da luz, acabei em uma casa de cristãos”, contou Eduardo.

Um dia, seu tio, que era pastor, lhe disse: “Meu filho você sabia que Jesus tira demônio? E eu disse: ‘Eu também tiro e coloco’”, lembrou ele.

Então, o tio passou alguns dias contando histórias da Bíblia para ele e explicou sobre o poder do Espírito Santo. Após aprender sobre a história de Jó, Eduardo decidiu voltar para casa e restituir sua família.

“Eu tinha tomado uma decisão naquele momento: ‘Eu vou voltar para Manaus e reconstruir a minha família que o diabo fez eu destruir. Vou me desfazer de tudo que eu tenho dentro daquele terreiro de candomblé e quando eu não tiver mais nada eu vou para a igreja buscar conhecer esse Deus que eu não conheço’”, declarou ele.

“Mas tem um detalhe: ore por mim, porque eu não vou durar nem 16 dias, eles vão me executar”, acrescentou Eduardo. Os cristãos, então, permaneceram intercedendo por ele.

Ele começou a ir à  igreja e participar dos estudos bíblicos: “Nesse período eu era quase o tempo todo atacado por causa dos espíritos. Nesses momentos eu corria para o quarto, me ajoelhava, orava e lia a Bíblia”.

Salvação

Eduardo contou que quando chegou em casa, encontrou Sidilene e disse: “Eu vou aceitar esse Jesus. Eu não conheço mas vou aceitar. E tem mais, eu vou casar com você para você poder se batizar”.

No mesmo dia, ele aceitou Jesus em um culto em sua casa e foi a primeira vez que ele dobrou o joelho para o Senhor.

No dia de seu batismo, ele estava em 56 horas de jejum, pois estava com medo de ser atacado. No entanto, no momento em que foi batizado, Eduardo afirmou que as trevas perderam totalmente o domínio sobre ele e nunca mais ele voltou a ser atacado.

“Foi no batismo que Satanás perdeu a autoridade. Hoje, eu vivo sob a autoridade de Cristo. Foi no batismo que o Senhor escreveu meu nome no livro da vida. Hoje eu sou um homem de Deus. Tudo que eu procuro fazer na minha vida é colocar Deus em primeiro lugar”, testemunhou ele.

E citou a passagem bíblica em ‭‭1 Pedro‬ ‭2‬:‭9‬, que diz: “Vocês, porém, são geração eleita, sacerdócio real, nação santa, povo exclusivo de Deus, para anunciar as grandezas daquele que os chamou das trevas para a sua maravilhosa luz”.

Eduardo relatou que algumas mães de santo tentaram buscá-lo de volta para o ocultismo: “Eu usava todos os argumentos bíblicos contra a idolatria e feitiçaria para explicar porque eu não ia voltar. Eu colocava elas para orar e para ler, quando eu terminava de fazer o apelo, elas aceitaram Jesus”.

Por quase dois anos o terreiro ficou fechado e, depois de um tempo, Eduardo doou o terreno para a igreja. Atualmente, o espaço se tornou uma congregação onde muitas pessoas se batizaram e o ministério continua crescendo.

“Eu vejo Deus agindo em nossa vida e eu acredito que Ele tem um propósito muito bom para a gente”, disse Sidilene.

“Constantemente nós buscamos a Deus fazendo culto no lar e estudar a Bíblia”, acrescentou o filho.

“A mensagem que eu deixo para essas pessoas que estão buscando e acham que não tem jeito. Tem jeito sim, o único caminho é Cristo Jesus. 

Através de um sonho, Deus mostrou a Eduardo seu ministério missionário e hoje ele prega para sem tetos nas ruas. A esposa e o filho fazem parte do ministério de louvor.

Eduardo já viajou para a Bolívia, Peru, Colômbia e para outros lugares para pregar Jesus.

“Hoje, eu sou um missionário disfarçado de fotógrafo. Eu quero que as pessoas tenham a mesma oportunidade que eu tive de conhecer Jesus. Deus transformou minha vida”, concluiu ele.

Postar um comentário

Postagem Anterior Próxima Postagem