Ameaças de bombas se espalham pela Malásia

A tensão pode prejudicar o avanço do caso do pastor Raymond Koh

A cidade de Putrajaya recebeu as ameaças mais recentes

Um alerta de segurança foi emitido por toda a Malásia por causa de uma série de ameaças de bombas. As intimidações começaram por e-mail, em fevereiro deste ano, depois, em abril, um pacote com novas mensagens de ameaça de bombardeios foi enviada para o aeroporto internacional em Kuala Lumpur.  

  

Recentemente, as ameaças foram dirigidas ao Ministério de Turismo, Arte e Cultura na cidade de Putrajaya. Apesar de as primeiras intimidações não terem se cumprido, a última levou a evacuações. O pacote enviado continha um cano PVC com um relógio, simulando uma bomba, por isso as autoridades reforçaram as medidas de segurança em toda a Malásia enquanto continuam a investigação.  

 

A consternação pública aconteceu poucas semanas após mais uma etapa do julgamento do caso de desaparecimento do pastor Koh. Desde 2017, a família do pastor o procura, assim como busca respostas das autoridades da Malásia sobre a investigação do caso. Apenas em 2023 o caso teve avanços significativos. Desde então, a família Koh passou por diversas sessões na Corte malaia, com depoimentos de testemunhas, investigadores e dos filhos e da esposa do pastor, Susannah Koh.  


Agradecemos a oração dos cristãos brasileiros pela família Koh. “Apenas o tempo dirá se a verdade prevalecerá e os que cometeram crimes hediondos contra os cidadãos na Malásia prestarão contas de seus atos”, disse Susanna Koh. Entre os dias 4 e 6 de junho, a quinta testemunha, senhora Norhayati, cujo esposo, Amri Che Mat, foi sequestrado por agentes do governo de modo muito parecido com o pastor Koh, fez seu depoimento.  

 

Após ouvirem Norhayati, ficou ainda mais claro que os sequestros do pastor Koh e de Amri Che Mat muito provavelmente estão ligados e ambos têm motivações religiosas. Outra testemunha que depôs nesse período foi Faisol Abdul Rahman, porta-voz da ONG Comunidade Esperança, fundada pelo pastor Koh. Na convocação de Faisol, ficou clara a tensão que o julgamento gera. Um policial foi chamado para ficar na sala de depoimentos, o que pode ser entendido como uma forma de silenciar a testemunha.  

 

Apesar disso, os advogados pro bono da família Koh conseguiram a saída do policial e, desse modo, Faisol conseguiu completar seu depoimento. No dia 19 de junho, mais uma etapa começou e deve continuar até uma nova data em julho. Contamos com suas orações pela família Koh.  

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