Em discurso, o candidato republicano testemunhou como Deus o livrou da tentativa de assassinato em um comício, no último sábado (13).
Donald Trump discursou na Convenção Nacional Republicana. (Foto: Reprodução/YouTube/PBS NewsHour). |
O candidato republicano à presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, testemunhou como Deus o livrou da morte no atentado em um comício na Pensilvânia, no último final de semana.
Na quinta-feira (18), Trump discursou na Convenção Nacional Republicana em Milwaukee, cinco dias após quase ser morto por um atirador.
Com um curativo na orelha direita, ele começou: “Foi um dia quente e bonito no início da noite em Butler Township, na grande Comunidade da Pensilvânia".
"A música estava tocando alto e a campanha estava indo muito bem. Fui para o palco e a galera estava aplaudindo descontroladamente. Todos estavam felizes. Comecei a falar com muita força, força e alegria porque estava discutindo o grande trabalho que meu governo fez sobre a imigração na fronteira sul”, lembrou.
Donald explicou que estava explicando que o movimento de virar para o lado que o salvou foi feito para explicar dados de imigração em um telão atrás dele.
“Para ver o gráfico, virava para a minha direita e estava pronto para virar um pouco mais a, o que tenho muita sorte de não ter feito, quando ouvi um som alto e chiado e senti que algo me atingiu muito, muito forte no meu ouvido direito”, disse.
Seguro em Deus
Ele contou que percebeu na hora que se tratava de algo grave. “Eu disse para mim mesmo: Só pode ser uma bala e levei minha mão direita até a orelha. Minha mão estava coberta de sangue. Soube imediatamente que estávamos sob ataque e, em um movimento, comecei a cair no chão. As balas continuavam a voar enquanto agentes muito corajosos do Serviço Secreto corriam para o palco”, afirmou.
E ressaltou: “Havia sangue derramado em todos os lugares e, no entanto, eu me sentia muito seguro porque tinha Deus do meu lado".
O candidato declarou que sobreviveu à tentativa de assassinato devido a intervenção de Deus.
"Antes do tiro, se eu não tivesse movido minha cabeça naquele último instante, a bala do assassino teria atingido perfeitamente sua marca e eu não estaria aqui esta noite. Não estaríamos juntos. Estou diante de vocês nesta arena apenas pela graça de Deus Todo-Poderoso”, observou.
Trump ainda explicou porque fez o gesto de luta para o público após ser atingido pela bala de raspão. O momento foi fotografado e repercutiu pelo mundo todo.
“Quando me levantei cercado pelo Serviço Secreto, a multidão ficou confusa porque pensou que eu estava morto e havia uma grande tristeza. Eu podia ver isso em seus rostos enquanto olhava”, disse.
Milagre
Ele levantou o braço direito e gritou "Lute, lute, lute" "para fazer algo para que eles saibam que eu estava bem".
“Pelo resto da minha vida, serei grato pelo amor demonstrado por aquela audiência gigante de patriotas que se levantou bravamente naquela fatídica noite na Pensilvânia", prometeu.
No discurso, Donald Trump ainda fez um apelo pela união dos americanos. “Em uma época em que nossa política muitas vezes nos divide, agora é a hora de lembrar que somos todos concidadãos, somos uma nação sob Deus indivisível com liberdade e justiça para todos", destacou.
O ex-presidente concluiu sua fala lembrando que "vivemos em um mundo de milagres".
“Nenhum de nós conhece o plano de Deus ou para onde a aventura da vida nos levará. Se os acontecimentos do último sábado deixam algo claro, é que cada momento que temos na Terra é um presente de Deus", refletiu Trump.
O atentado
Trump sofreu um atentado a tiros durante um comício na cidade de Butler, na Pensilvânia, no último sábado (13).
No momento do incidente, ele foi rapidamente retirado do palco pelo Serviço Secreto americano, exibindo sinais de ferimento após ser atingido de raspão na orelha, com sangue visível.
O ataque provocou a morte de um homem, identificado como o bombeiro Corey Comperatore, que estaria tentando proteger sua filha dos tiros. Outras duas pessoas foram atingidas pelos tiros e foram hospitalizadas, ambas em estado crítico.