Malorie desenvolveu vícios e uma depressão, depois de ser abusada sexualmente na adolescência.
Malorie. (Foto: Reprodução/CBN News) |
Aos 14 anos, Malorie foi abusada por um jovem que a convidou para assistir um filme. Anos após o trauma, ela encontrou cura em Jesus.
Malorie era caloura no ensino médio, quando uma noite, concordou em encontrar um veterano de 18 anos.
"Ele me convenceu a ir ver um filme. Eu pensei que íamos apenas ver um filme. Eu era ingênua. Quando chegamos lá, ele estava me dizendo para irmos embora. Então, ele dirigiu até escurecer e não falou comigo. Comecei a sentir que algo estava errado, como se algo fosse quase maligno, e quando ele estacionou, ele me disse para sentar no banco de trás”, disse ela à CBN News.
E continuou: “Eu fiquei presa lá e ele continuou tentando me tocar e me agarrar. Eu tentei afastar ele de mim, mas ele me estuprou no banco de trás do carro. Depois que tudo foi feito, eu estava encolhida, olhando pela janela e observando a chuva. E comecei a chorar. Comecei a chorar porque não sabia o que tinha acontecido comigo”.
Mais tarde, ele a deixou no cinema. Magoada e confusa, sua inocência foi tirada, e sua autoestima destruída.
"Eu me sentia tão quebrada, e frequentemente me olhava no espelho e dizia a mim mesma que eu era nojenta e que não valia nada", relembrou ela.
Depois disso, Mallorie começou a usar drogas, beber e enfrentou uma depressão.
“Eu me odiava por dentro. Comecei a me cortar e isso levou a um vício, um vício muito severo. Foram anos nisso”, afirmou Mallorie.
“Chegou ao ponto em que eu não queria sair da cama. Eu não queria ir ver os amigos. Eu estava ignorando os telefonemas das pessoas. Todos os dias eu olhava para mim mesma e dizia: ‘Você é feia. Você não é nada. Você não vai ser nada’. E acabei tentando uma overdose”, acrescentou.
‘Eu sinto Você’
Após tentar suicídio e passar dias no hospital, Mallorie voltou para casa, porém ainda esta presa em seus traumas emocionais.
“Foi em um daqueles dias em que eu estava chorando até dormir que clamei a Deus: 'Eu não sei se Você é real. Eu não sei se Você está realmente aí, se Você está me ouvindo, mas eu preciso de Você'”, lembrou a jovem.
Naquele momento, ela recebeu uma mensagem de uma líder jovem que lhe enviou um louvor e uma mensagem de esperança:
“Ela me mandou: 'Eu simplesmente senti que o Senhor queria que eu enviasse essa música para você'”.
E continuou: “Antes mesmo da primeira palavra ser dita, eu senti o Espírito Santo encher o meu quarto. Foi como se Ele estivesse falando diretamente comigo. Eu o senti ajoelhado na minha frente. Olhei para cima e pensei: 'É você? Deus? Você está aí?'”.
“Eu senti a mão dele no meu coração. Eu pensei: 'Se é Você, eu preciso ser preenchida. Eu sinto Você. Estou cansada de viver desse jeito. Eu não quero mais ficar deprimida'”, acrescentou.
Nesse momento, Mallorie contou que sentiu a mão de Jesus entrar em seu coração.
“Eu senti os buracos nas mãos dele em volta do meu coração. Ele arrancou cada coisa ruim que aconteceu comigo, cada coisa ruim que eu tinha feito, toda a raiva, fúria, depressão e tudo, eu senti tudo simplesmente sair de mim. Então, eu senti a mão dele me soltar e eu estava cheia de uma alegria indescritível”, testemunhou ela.
E continuou: “Eu comecei a chorar de felicidade. Eu senti como se o Senhor tivesse realmente entrado em mim. É como se Ele tivesse espremido tudo de negativo de mim, e então colocou tudo Dele em mim, todos os frutos do seu Espírito, toda a paz, paciência, amor e tudo o que Ele sabia que eu precisava sentir”.
Mallorie entregou sua vida a Jesus no chão de seu quarto. Hoje, ela continua testemunhando sobre o amor de Deus.
“Desde aquele momento, não sou mais a mesma. Tudo mudou. Comecei a seguir Jesus naquele dia e nunca mais parei. Toda a alegria que senti naquele momento, ainda sinto todos os dias”, disse ela.
Atualmente, Mallorie é casada, tem filhos e um ministério, onde encoraja meninas que enfrentaram problemas semelhantes a abraçar sua verdadeira identidade como filhas amadas de Deus.
“Jesus é meu melhor amigo. Ele é alguém a quem sei que posso recorrer e não sou julgada. Ele vai acreditar em mim porque já sabe o que aconteceu. Ele vai falar comigo, vai me corrigir e me guiar. Ele é meu melhor amigo”, concluiu ela.