Mais de 50.000 cristãos foram ‘massacrados por grupos violentos’ na Nigéria em 15 anos

O relatório detalha a grave falta de liberdade religiosa na Nigéria e defende sua designação como País de Preocupação Particular.

O relatório da ICC detalha a grave falta de liberdade religiosa na Nigéria. (Foto representativa: Open Doors)

Na última quarta-feira (10), a International Christian Concern (ICC) divulgou um relatório preocupante sobre as condições de liberdade religiosa dos cristãos na Nigéria.

Segundo o documento, nos últimos vinte anos, o direito à liberdade religiosa no país da África Ocidental se deteriorou rapidamente.

Desde a ascensão de grupos terroristas islâmicos em 2009, a comunidade cristã nigeriana enfrenta uma violência extremista alarmante.

Mais de 50.000 cristãos foram massacrados por insurgentes violentos desde então, e o silêncio das nações ocidentais sobre esse genocídio é assustador.

Violações preocupantes

Segundo a Lei de Liberdade Religiosa Internacional (IRFA), os EUA têm a política de promover o direito fundamental à liberdade religiosa e responsabilizar nações que cometem violações.

No entanto, desde 2020, o Departamento de Estado dos EUA não incluiu a Nigéria na sua lista de Países de Preocupação Particular (CPC), apesar de evidências de envolvimento e violações graves da liberdade religiosa.

Essa falta de supervisão não só compromete a eficácia da política externa dos EUA em relação à liberdade religiosa internacional, mas também falha em responsabilizar o governo nigeriano por sua conivência na violência contra os cristãos.

O relatório da ICC detalha a grave falta de liberdade religiosa na Nigéria e defende sua designação como País de Preocupação Particular (CPC).

Evidências

O relatório apresenta documentação e evidências claras que demonstram como a Nigéria atende aos critérios legais para ser designada como País de Preocupação Particular (CPC) sob o IRFA.

O documento utiliza pesquisas de código aberto, informações locais e depoimentos em primeira mão de uma visita à Nigéria em março de 2024.

No final do relatório, o ICC faz recomendações ao Congresso e ao Departamento de Estado dos EUA sobre políticas para enfrentar a perseguição aos cristãos de maneira eficaz.

“Todo ser humano tem o direito natural de praticar sua fé livremente”, disse McKenna Wendt, Gerente de Advocacia da ICC.

“Para os cristãos na Nigéria, esse direito é ameaçado diariamente pela violência terrorista descontrolada e por autoridades governamentais coniventes. Os EUA têm sido há muito tempo líder global na promoção da liberdade religiosa, e agora não é hora de vacilar em nosso compromisso. Instamos o Departamento de Estado a designar imediatamente a Nigéria como um CPC.”

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