Vitalii e Iryna Arshulik ministram o Evangelho para outros ucranianos no país.
Família missionária. (Foto: Reprodução/IMB) |
Há anos, a Junta de Missões Nacionais da Convenção Batista Brasileira enviou missionários para servir entre os ucranianos brasileiros, mas não tiveram sucesso. Embora os ucranianos no Brasil tenham vivido por várias gerações no país, eles mantiveram sua língua e cultura.
Com uma nova estratégia, o Seminário Teológico Batista Ucraniano (UBTS) e a União Batista Ucraniana indicaram um casal interessado em ir ao Brasil para servir. A partir desse momento, Vitalii e Iryna Arshulik sentiram que o Senhor os guiava para servir como missionários.
A Junta de Missões Nacionais da Convenção Batista Brasileira recebeu o casal e os ajudou a encontrar moradia e os ajudou financeiramente por dois anos. Uma Igreja Batista em Curitiba, no Brasil, continuou a dar apoio à família.
Esta igreja brasileira recebia ucranianos na congregação e viu a necessidade de missionários ucranianos.
A maioria dos ucranianos no Brasil chegaram ao país antes ou durante a Primeira Guerra Mundial. O país abriga cerca de 600.000 ucranianos brasileiros, segundo o Conselho de Missões Internacionais (IMB), muitos dos imigrantes eram fazendeiros pobres que se mudaram para o Brasil com a promessa de terras.
Alcançando os ucranianos brasileiros
Em 2019, antes da COVID-19, os Arshuliks se mudaram para a cidade de Prudentópolis, no Paraná, um polo para ucranianos brasileiros.
De acordo com o IMB, cerca de 75% dos habitantes de Prudentópolis são ucranianos. A cidade é fortemente influenciada pela Igreja Católica, com 97% da população frequentando as missas.
Vitalii, Iryna e seus filhos chegaram na região com um desafio em seus corações: estabelecer uma Igreja Batista em Prudentópolis. Dias depois, eles descobriram que esta seria a terceira tentativa de plantar uma igreja batista.
No entanto, as tentativas anteriores foram lideradas por pastores brasileiros. Agora, a esperança ao enviar o casal era que, com uma família ucraniana, as pessoas se identificariam e criariam laços mais profundos.
Eles começaram do zero. Embora fossem mais uma família ucraniana no local, ainda precisavam se adaptar a língua e cultura brasileira.
Seis meses após estabelecer contatos com ucranianos e brasileiros, eles conheceram Josafat, um brasileiro familiarizado com ucraniano e português que traduzia os estudos bíblicos para o casal.
Frutos do trabalho evangelístico
Uma vez que um vínculo foi estabelecido, eles compartilharam o que Deus havia colocado em seus corações.
Os primeiros frutos do trabalho deles começaram a aparecer. Dois dos filhos de Josafat aceitaram Jesus. A casa deles se tornou um local de reunião e, conforme evangelizavam, mais novos crentes enchiam o espaço.
Tempo depois, o casal conseguiu um local maior para as reuniões e Vitalii permaneceu confiando que Deus estava cuidando de tudo.
Quase 100 pessoas participam dos cultos regularmente. Vitalii disse que muitas famílias que vivem no bairro de Santa Mariana lutam para sobreviver.
Todo sábado, Vitalii e Iryna reúnem voluntários para passar um tempo com crianças na comunidade onde implantaram a igreja.
À medida que continuam servindo ao Senhor na comunidade, Deus tem provido suas necessidades e realiza maravilhas.
Vitalii contou que eles encontram pessoas que inicialmente dizem: “Eu nunca me vou me converter ao Evangelho”. E tempo depois, as mesmas pessoas declaram: “Sim, eu sei que Cristo está vivo, e eu quero servi-Lo”.