Seis manifestantes da CitizenGO foram forçados a passar a noite na prisão contra a zombaria do cristianismo nos Jogos Olímpicos.
Ônibus de campanha da CitizenGO parado por policiais em Paris. (Foto: Citizen Go) |
Na segunda-feira (06), o ônibus de campanha da CitizenGO, que denunciava a zombaria contra cristãos no contexto dos Jogos Olímpicos e promovia o site StopAttacksOnChristians.org [Parem os Ataques contra Cristãos, em português], foi interceptado pela polícia de Paris.
As denúncias foram feitas pela CitizenGO, uma plataforma de mobilização e petição online que se concentra em questões de política social e direitos humanos com uma perspectiva conservadora e pró-família.
De acordo com as denúncias, policiais armados cercaram o ônibus e o pararam sob a mira de armas. Os membros da equipe da CitizenGO foram levados para uma delegacia, depois transferidos algemados para uma segunda instalação segura.
Segundo a agência de notícias internacional Zenit, os manifestantes foram tratados injustamente, como criminosos, e alguns tiveram a comunicação com o mundo exterior negada.
A campanha da CitizenGO, apoiada por milhares de doadores, protestava contra a cerimônia de abertura Jogos Olímpicos de Paris, que considerou anticristã e promotora de ódio.
Apresentação ofensiva na abertura da Olimpíada
Desde as últimas Olimpíadas em 2021, mais de 5 milhões de cristãos foram deslocados e enfrentaram perseguição. No entanto, o Comitê Olímpico Internacional planejou uma exibição ofensiva com drag queens nuas zombando da Última Ceia.
Segundo informado pela Zenit, o ônibus estava em operação desde as 9 da manhã, circulando por Paris e passando por centenas de policiais ao longo do dia sem problemas.
“Quando perceberam a imensa atenção que estava atraindo entre os espectadores e participantes das Olimpíadas, temendo manchar a imagem da França para o mundo, as elites políticas censuraram repentina e violentamente o CitizenGO de uma maneira semelhante a um regime autoritário”, descreveu.
“A polícia francesa, sob ordens políticas de autoridades políticas de alto escalão, prendeu seis manifestantes e o motorista do ônibus às 19h. Todos os seus pertences foram confiscados, eles foram despidos e revistados, e foram ilegalmente impedidos de ligar para seus advogados pessoais, e alguns nem mesmo foram autorizados a ligar para seus familiares, detidos por acusações inexistentes”, denunciou.
Segundo a agência de notícias, os detidos enfrentaram pressão psicológica e ameaças de cativeiro prolongado e passaram a noite em condições brutas, alguns até sem comida ou água.
Advogados denunciam arbitrariedades
“Apesar da falta de fundamentos legais para a prisão, foi necessária uma pressão significativa do advogado da CitizenGO para garantir sua libertação, o que só aconteceu depois das 4 da manhã”.
Para o grupo, este incidente ressalta a necessidade de ação cidadã na defesa da vida, da família e da liberdade contra a perseguição política e ideológica. “Unidos, podemos enfrentar tais injustiças e salvaguardar nossos direitos fundamentais”, declarou.
“Se isso não é perseguição política ou ideológica, o que é isso?”, questionou.
O advogado da CitizenGO declarou no início da manhã: “Parece impossível constituir o crime de não comunicar um protesto porque não há protesto na presença de um único veículo. O promotor levou a lei ao limite para parar o ônibus e limitar sua liberdade de expressão. Além disso, o procedimento foi irregular.”
“Após pressão legal, as autoridades foram forçadas a liberar nossa corajosa equipe ao perceberem que não podiam mantê-los presos sem uma justificativa legal”.