Yowabu Sebakaki, de 52 anos, foi atacado enquanto voltava para casa, após ministrar uma aula de discipulado a recém convertidos.
Yowabu Sebakaki foi morto aos 52 anos. (Foto: Imagem ilustrativa/Unsplash/Random Institute/Morning Star News). |
Um evangelista, de 52 anos, foi morto brutalmente a espada por extremistas muçulmanos por pregar o Evangelho em Uganda.
De acordo com o Morning Star News, Yowabu Sebakaki foi atacado enquanto voltava de bicicleta para sua casa na aldeia de Nyanza, no distrito de Budaka, no dia 19 de agosto.
O evangelista havia ministrado uma aula de evangelismo para recém convertidos, que deixaram o Islã, na casa de outro cristão. Logo depois, ele foi levado para casa de bicicleta por David Nkomba.
"Quando estávamos a cinco quilômetros de chegar à residência, por volta das 18h20, uma motocicleta veio logo atrás de nós, e Sebakaki foi atingido por uma 'panga' [longa espada somali] nas costas perto do pescoço. Ele caiu e depois foi cortado por outro panga na cabeça. Sebakaki ficou inconsciente devido a muito sangramento", relatou David, em entrevista ao Morning Star News.
Segundo ele, os extremistas ainda disseram o motivo de assassinarem o evangelista.
“Outros agressores gritaram: 'Chegou a sua hora, e ore muito se o seu Deus o salvará – você tem enganado as pessoas sobre a vida após a morte dada por Issa [Jesus]'", afirmou.
"Eu saí, mas consegui reconhecer um dos agressores como Rashid Siriman, um conhecido jovem muçulmano radical de Mbale”, acrescentou David.
O evangelista Sebakaki foi levado às pressas para o hospital pelos seus vizinhos. Mas, no caminho, não resistiu e morreu.
Pregando à muçulmanos
Conforme o pastor de Sebakaki, ele fez um treinamento de apologética e passou a evangelizar nas regiões de maioria muçulmana Dhoho, Namatala, Kamonkoli, Sekulo e Mugiti.
Em janeiro, o evangelista já havia sido atacado por radicais islâmicos após vencer um debate com estudiosos muçulmanos.
"Os muçulmanos radicais pegaram Sebakaki e começaram a espancá-lo com objetos pontiagudos, mas ele foi resgatado por cristãos que estavam presentes", disse o pastor, que não teve o nome divulgado por razões de segurança.
"Desde então, ele evitou debates com estudiosos muçulmanos, mas começou a pregar ao ar livre e iniciou uma aula de discipulado”.
Apesar dos perigos, Sebakaki continuou pregando o Evangelho nas ruas de Kamonkoli e de Ikiki.
Em junho e julho, os muçulmanos enviaram mensagens ameaçando Sebakaki por suas ações evangelísticas.
"Estamos cientes de uma reunião secreta que você está realizando. Você tem que parar de pregar e converter nossos fieis muçulmanos ao cristianismo, se não, logo viremos para sua vida", afirmou uma das mensagens.
Perseguição em Uganda
O ataque foi o mais recente de casos de perseguição aos cristãos no Uganda documentados pelo Morning Star News.
A constituição de Uganda e outras leis preveem liberdade religiosa, incluindo o direito de propagar a fé e se converter de uma religião para outra.
No entanto, os extremistas condenam os novos convertidos do cristianismo através de torturas, ameaças e muitos são mortos por não negarem Jesus.