Médico missionário é liberto após 7 anos prisioneiro da Al Qaeda: ‘Deus estava comigo’

O Dr. Ken Elliot foi raptado por militantes islâmicos aos 82 anos e mantido em condições precárias no deserto do Saara.

Ken em cativeiro (à esquerda) e ele hoje (à direita). (Foto: Reprodução/Foreign Correspondent).

Quando o Dr. Ken Elliott e sua esposa Jocelyn casaram na Austrália, firmaram um propósito de dedicarem suas vidas a servir aos mais necessitados e cumprir o propósito de Deus.

Assim, anos mais tarde, o casal, junto com os filhos pequenos, se mudou para Burkina Faso, na África. 

No novo país, eles fundaram um hospital em Djibo, para atender a população pobre, cobrando muito pouco ou nada. 

Hospital sustentado pela provisão divina

O Dr. Elliot operou milhares de pacientes no país e também pessoas que vinham de países vizinhos. O médico testemunhou que a clínica foi sustentada pela provisão de Deus durante 44 anos.

"Tivemos a ideia de não pedirmos fundos, mas apenas oraríamos por eles. Foi incrível como conseguimos o que precisávamos quando precisávamos’, afirmou ele, em entrevista ao ABC News.

Até que em janeiro de 2016, o Dr. Elliot e sua esposa foram sequestrados por militantes islâmicos ligados ao grupo terrorista Al Qaeda. O casal lembrou que quatro homens armados bateram na sua porta e os levaram.

Na época, o médico tinha 82 anos. Jocelyn foi libertada pouco tempo depois, porém Elliot permaneceu refém durante sete longos anos, no deserto do Saara. 

Em cativeiro no deserto do Saara

No cativeiro, o médico enfrentou tempestade de areia, tédio, calor e frio extremo, e alimentação pobre. O cristão ganhava apenas macarrão, pão encharcado e arroz para comer. Ken também foi picado diversas vezes por escorpiões e sofreu de escorbuto. 

Os sequestradores ainda tentaram converter Elliot ao Islã, porém o médico se recusou a abandonar Jesus.

“O Senhor tem sido bom para mim. Não há como eu desonrá-lo me convertendo ao Islã. Ou mesmo fingindo se converter”, destacou.

Questionado se o médico não se sentiu abandonado por Deus, ele respondeu: “Nunca. Não. Ele estava sempre lá”.

Orações pela libertação

Amado por toda a comunidade em Burkina Faso por seu trabalho, o Dr. Elliot foi alvo de orações de muitos moradores durante o tempo que passou em cativeiro.

Até que, em 2023, Ken foi libertado e voltou para sua família, aos 88 anos. O governo australiano afirmou que não pagou fiança aos extremistas, mas especialistas dizem que terroristas não libertam reféns sem pagamento ou negociação de libertação de prisioneiros islâmicos.

Para o casal Elliot, foi a mão de Deus que guardou e salvou o médico missionário. 

“Acreditamos que a única razão pela qual fomos libertados foi porque havia algumas centenas, senão milhares de pessoas orando por isso. E acreditamos na oração”, testemunhou Ken.

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