Em 2024, segundo a Portas Abertas, 21 países apresentaram altos níveis de perseguição aos cristãos, incluindo a Nicarágua.
O ditador Daniel Ortega. (Foto: Wikipedia) |
O regime socialista da Nicarágua anunciou nesta sexta-feira (11) o rompimento das relações diplomáticas com Israel, qualificando o governo israelense como “fascista” e “genocida”.
Em uma declaração, o governo nicaraguense justificou a decisão afirmando que a ruptura se deve aos “ataques de Israel aos territórios palestinos.”
No início do dia, o Congresso da Nicarágua havia aprovado uma resolução solicitando que o governo tomasse medidas em alinhamento com o aniversário de um ano da guerra entre Israel e o Hamas.
O governo nicaraguense afirmou que o conflito agora também “se estende ao Líbano e ameaça gravemente a Síria, o Iêmen e o Irã.”
Perseguição aos cristãos
Em 2024, segundo a Portas Abertas, 21 países apresentaram altos níveis de perseguição aos cristãos, incluindo a Nicarágua.
O país governado pelo regime socialista de Daniel Ortega subiu 20 posições na Lista Mundial da Perseguição da Portas Abertas, passando de 50° em 2023 para 30° em 2024, e a situação dos cristãos no país continua a se deteriorar rapidamente.
O presidente Ortega e sua esposa atacam com frequência os líderes de igrejas, tratando-os com grande hostilidade através de prisões arbitrárias, exílio forçado e confisco de propriedades das igrejas.
“A escalada do país no ranking é resultado do aumento das restrições do governo Ortega sobre as igrejas, com fechamento de instituições cristãs, como universidades”, resumiu a organização.
A missão Portas Abertas informou que os cristãos da Nicarágua enfrentam perseguição do governo, partidos políticos, grupos paramilitares. Além disso, sofrem pressão ideológica.
De acordo com o Evangelico Digital, cerca de 3.500 ONG’s foram encerradas desde os protestos de 2018 contra o presidente Daniel Ortega.
O regime Ortega também mantém 100 pastores presos; sob a mesma perseguição cristã, padres e freiras foram presos e expulsos do país.
Escalada nos conflitos do Oriente Médio
O Oriente Médio está em alerta máximo para uma nova escalada regional após o Irã ter lançado uma série de mísseis contra Israel em 1º de outubro.
O Irã apoia o grupo libanês Hezbollah, que tem sido alvo das respostas militares israelenses contra os ataques terroristas no norte de Israel.
O Irã também é aliado do regime Ortega. Nos últimos anos, a Nicarágua tem se tornado cada vez mais isolada, especialmente após a repressão de protestos antigovernamentais em 2018, que, segundo grupos de direitos humanos, resultaram em cerca de 300 mortes.
Segundo informa a CNN Brasil, o ataque com mísseis do Irã a Israel no dia 1º marcou uma nova fase do conflito regional no Oriente Médio. De um lado da guerra está Israel, apoiado pelos Estados Unidos. Do outro, está o Eixo da Resistência, que recebe apoio financeiro e militar do Irã e conta com uma série de grupos paramilitares.
Israel luta em 7 frentes
Atualmente, há sete frentes de conflito abertas: a República Islâmica do Irã; o Hamas, na Faixa de Gaza; o Hezbollah, no Líbano; o governo sírio e as milícias que atuam no país; os Houthis, no Iêmen; grupos xiitas no Iraque; e diversas organizações militantes na Cisjordânia.
Israel mantém tropas em três dessas frentes: Líbano, Cisjordânia e Faixa de Gaza. Nas demais quatro, realiza bombardeios aéreos.
O Exército israelense lançou uma “operação terrestre limitada” no Líbano no dia 30 de setembro, poucos dias após matar o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, em um bombardeio ao quartel-general do grupo, localizado no subúrbio de Beirute.
As Forças de Defesa de Israel afirmam ter eliminado praticamente toda a cadeia de comando do Hezbollah em bombardeios semelhantes realizados nas últimas semanas. No dia 23 de setembro, o Líbano registrou o dia mais mortal desde a guerra de 2006, com mais de 500 vítimas fatais.
Pelo menos dois adolescentes brasileiros morreram nos ataques. O Itamaraty condenou a situação e pediu o fim das hostilidades. Com o agravamento do conflito, o governo brasileiro anunciou uma operação para repatriar cidadãos brasileiros no Líbano.
Na Cisjordânia, os militares israelenses estão tentando desarticular grupos contrários à ocupação israelense do território palestino. Já na Faixa de Gaza, Israel busca erradicar o Hamas, responsável pelo ataque de 7 de outubro, que, segundo informações do governo israelense, deixou mais de 1.200 mortos.
A operação israelense resultou na morte de mais de 40 mil palestinos, segundo o Ministério da Saúde do enclave controlado pelo Hamas. O líder do Hamas, Yahya Sinwar, permanece escondido em túneis na Faixa de Gaza, onde também estariam em cativeiro dezenas de israelenses sequestrados pelo grupo.