Teona Pagan foi demitida da Universidade da Cidade de Nova York após pedir um acordo para não supervisionar uma irmandade LGBT, por motivos religiosos.
Teona Pagan. (Foto: Reprodução/YouTube/CBN News). |
Uma ex-funcionária cristã da Universidade da Cidade de Nova York, nos Estados Unidos, denunciou que foi demitida após se converter a Jesus.
Teona Pagan trabalhava como coordenadora do programa de bolsas e serviço público da Fundação de Pesquisa da faculdade pública. Ela explicou que era responsável por ajudar "os alunos a perseguirem seus sonhos por meio de diferentes bolsas".
"[Eu] estava encarregada de fazer a curadoria desses programas para garantir que, quando os alunos pudessem buscar esses estágios, esses sonhos e esses objetivos, pudéssemos não apenas dar a eles um cheque para fazê-lo, mas pudéssemos selecionar um programa por trás de qualquer que fosse esse interesse", disse Teona, em entrevista à CBN News.
Segundo Pagan, tudo começou depois que ela se tornou cristã devota. "Sempre acreditei em Deus, mas definitivamente comecei a correr atrás Dele em abril de 2022”, relatou.
E continuou: “Com isso vem muita responsabilidade. [Deus] nos diz para negar a nós mesmos, pegar uma cruz e segui-lo, e, então, isso vem com muita convicção, e isso vem com muita garantia de que eu vivi de acordo com o que estava pregando”.
Fé no trabalho
Entretanto, a jovem sentia que não estava vivendo sua fé no trabalho, apenas na sua igreja e em outras áreas de sua vida. Pagan começou a se sentir culpada por supervisionar uma irmandade LGBT, que fazia parte de seu trabalho.
Ela já tinha sido uma apoiadora do movimento LGBT, mas ao se converter e entender os princípios da Bíblia para os relacionamentos, deixou de apoiar e sentiu que estava violando sua fé ao continuar atuando na área.
"Depois que fui salva, tudo mudou para mim. Eu era uma defensora de todas essas coisas que têm a face da mudança social, mas por trás disso está o pecado e nada além de ir contra a Palavra de Deus", afirmou.
"Eu não me sentia confortável em continuar fazendo isso. Mas não acordei um dia e decidi recusar a fazer meu trabalho. Foi oração, foi jejum, foi consultar minha liderança espiritual”, ressaltou Teona.
Acordo recusado
Então, a profissional pediu um acordo por motivos religiosos para não mais supervisionar a irmandade LGBT.
“Eu sabia que era possível porque essa era uma parte tão pequena do meu trabalho. E eu tinha outros membros da equipe e outras pessoas no trabalho que poderiam me ajudar com isso”, observou ela.
O acordo foi negado pela universidade e Teona foi colocada em licença administrativa e impedida de entrar no campus. Logo depois, a cristã foi demitida.
Em agosto deste ano, ela entrou com uma ação na Justiça por ter sido demitida por sua fé. Teona também apresentou uma queixa à Comissão de Oportunidades Iguais de Emprego dos EUA (EEOC), a agência federal que lida com a discriminação no local de trabalho.
“Não é surpreendente, porque há muita hostilidade e retaliação contra os cristãos no local de trabalho e no mundo em geral nos dias de hoje", declarou Kristina Heuser, advogada de Pagan.
E acrescentou: "Estou muito orgulhosa de [Teona] porque é realmente uma coisa difícil de fazer, especialmente para uma jovem, tomar uma posição como essa, e ela está fazendo a coisa certa – e seu empregador claramente violou a lei”.
Teona disse que espera que o processo inspire outros jovens que temem defender sua fé.
"Haverá uma oportunidade, mesmo que não tenhamos uma vitória no nível do tribunal distrital, para apelarmos e potencialmente fazermos uma nova lei e estabelecermos precedentes para que haja barreiras legais claras para as pessoas retaliarem contra pessoas de fé no local de trabalho", declarou ela.
E destacou: "Então, é importante que assumamos essa luta tanto no lado cultural quanto no lado legal, e estou muito honrada e abençoada por fazer parte disso”.