Atividades como evangelismo e cultos cristãos são proibidos em parte destes países, além de severas penas para quem decide seguir Jesus.
Christ Church Melaka na cidade de Malaca, é a mais antiga igreja protestante em funcionamento na Malásia. (Foto: IMB) |
Brunei, Camboja, Indonésia, Laos, Malásia, Mianmar e Vietnã são países que não toleram ou participam ativamente da perseguição aos cristãos.
Entre esses países, o Camboja, o Laos e o Vietnã são governados por partidos comunistas. Em Brunei, Indonésia, Malásia e Mianmar, a maioria da população professa o Islã.
Esses dois fatores explicam a forte perseguição ao Cristianismo, a opressão aos seguidores de Jesus e a discriminação contra a fé cristã, que persistem em toda a região.
Proibições
Cristãos em Brunei e Camboja enfrentam proibições para compartilhar sua fé; em Brunei, os seguidores de Jesus não podem celebrar o Natal publicamente.
Além disso, em 2023, autoridades em Brunei teriam monitorado cultos religiosos não islâmicos para garantir que muçulmanos não estivessem presentes e que os sermões não ensinassem nada contrário ao islamismo.
Os militares na Birmânia, conhecidos como Tatmadaw, frequentemente atacam e perseguem cristãos.
Em 2023, Zo Tum Hmung, diretor executivo da Chin Association of Maryland, um grupo de defesa da liberdade religiosa e dos refugiados, destacou as condições cada vez mais precárias enfrentadas pelos cristãos na Birmânia.
Comissão sobre Liberdade Religiosa
Em um depoimento escrito à Comissão dos Estados Unidos sobre Liberdade Religiosa (USCIRF), Hmung afirmou que o Tatmadaw ampliou sua violência contra as comunidades cristãs.
“Eles estão destruindo e queimando vilas e cidades habitadas por cristãos”, Hmung acrescentou. “Os militares estão prendendo, detendo, condenando, torturando e matando pastores e outros líderes cristãos. Eles também estão queimando igrejas, conventos, escolas e edifícios religiosos.”
As leis de blasfêmia da Indonésia permitem que cristãos sejam presos por criticar o islamismo. Em 2023, Rudi Simamora, um YouTuber cristão, foi condenado a um ano de prisão por publicar um vídeo criticando o islamismo.
Em junho de 2022, Muhammad Kace, um ex-clérigo muçulmano que se converteu ao Cristianismo, recebeu uma sentença de seis anos de prisão por postar vídeos ensinando contra o islamismo e o profeta Maomé.
As autoridades no Laos discriminam os cristãos de forma rotineira. Em 2023, representantes da Igreja Evangélica do Laos relataram que 79 famílias cristãs foram forçadas a deixar suas casas na província de Khammouane e a renunciar à sua fé.
Proibido evangelizar
Na Malásia, cristãos foram detidos sob acusações de blasfêmia por insultar o islamismo. Os seguidores de Jesus são proibidos de evangelizar muçulmanos. Dependendo da região, um cristão ou qualquer não muçulmano que for condenado por compartilhar sua fé com um muçulmano pode enfrentar prisão ou chicotadas.
O Vietnã continua perseguindo e aprisionando cristãos, especialmente os grupos católicos Ha Mon e protestantes montanheses.
Segundo a USCIRF, “as autoridades restringem ativamente as atividades religiosas dos protestantes montanheses independentes, os forçando a renunciar à sua fé e os prendendo sob acusações de 'minar a unidade nacional' e 'abusar das liberdades democráticas'”.
Atualmente, o Vietnã está na Lista de Vigilância Especial do Departamento de Estado dos EUA “por se envolver ou tolerar violações graves da liberdade religiosa”.
Além disso, o banco de dados da USCIRF mostra que atualmente há 45 cristãos desaparecidos, detidos ou presos nos países da Birmânia, Indonésia, Malásia e Vietnã.