Cristãos são decapitados e fuzilados pelo Estado Islâmico em Moçambique

Os assassinatos aconteceram em episódios separados em Cabo Delgado e foram divulgados pela mídia do grupo terrorista.

Terroristas do Estado Islâmico. (Foto: Reprodução/Twitter/Daniele Raineri).

Quatro cristãos foram mortos brutalmente pelo grupo extremista Estado Islâmico (EI), no início de novembro, em Moçambique.

Os assassinatos, que aconteceram em episódios separados no distrito de Muidumbe, em Cabo Delgado, foram divulgados pela mídia do EI.

No dia 3 de novembro, os terroristas capturaram dois cristãos, considerados “infieis”, e os decapitaram.

Em 7 de novembro, o grupo islâmico matou outro cristão em uma ataque com metralhadora. Dias depois, o quarto cristão foi capturado e morto.

Desde uma insurgência em 2017, o Estado Islâmico matou milhares de pessoas no norte de Moçambique. 

O grupo trabalha em colaboração com outro grupo terrorista, a Província da África Central do Estado Islâmico, que possui sede no nordeste da República Democrática do Congo. As atividades dos dois grupos são coordenadas por um centro de comando do Estado Islâmico na Somália.

“Eles perseguem os seus objetivos políticos de acordo com um roteiro ditado pelo Estado Islâmico”, explicou o professor Fernando Cardoso, um especialista em geopolítica, em entrevista a missão “Barnabas Aid”.

“Segundo o EI, Cabo Delgado deverá ser integrado a um califado que será estabelecido ao longo de toda a costa Suaíli”.

Perseguição em Moçambique

Segundo a Missão Portas Abertas, aldeias e igrejas foram atacados por extremistas ligados ao Estado Islâmico em fevereiro deste ano, deixando mortos e feridos.

A violência de grupos islâmicos levou muitas pessoas a fugirem de suas casas e agora estão deslocados. Conforme a missão, a violência se tornou um problema comum que os cristãos moçambicanos têm enfrentado.

“Esta é a situação da Igreja em Moçambique, especialmente aqui no Norte. Em Moçambique, nós cristãos somos alvo de muitas perseguições, muitos cristãos são violentados, mortos e várias igrejas e casas destruídas”, explicou o pastor local Mario Artur.

Moçambique ocupa a 39ª posição na Lista da Perseguição 2024 da Portas Abertas de países mais difíceis para ser cristão.

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