Certos da impunidade, jihadistas atacaram comunidade cristã por quatro dias
A vila de Manni ficou vazia após os ataques durante quatro dias (foto representativa) |
No início de outubro, ao menos 200 pessoas foram mortas na região leste de Burkina Faso. Extremistas islâmicos atacaram a vila de Manni durante quatro dias seguidos. As ações começaram com o assassinato de 17 soldados de uma patrulha militar. Nos dias seguintes, retornaram com o objetivo de matar mais pessoas da comunidade de maioria cristã.
Um dia depois de assassinar os militares, os radicais atacaram o mercado e muitas pessoas fugiram e se refugiaram em lojas e casas, mas os extremistas incendiaram os locais e fizeram mais vítimas fatais. Certos da impunidade, os jihadistas retornaram no dia seguinte, atearam fogo nos carros e atiraram em profissionais de saúde que socorriam os feridos do dia anterior.
Os radicais islâmicos queriam acabar com a vida de os sobreviventes do incidente anterior e retornaram à vila para matar somente os homens sobreviventes. Essa é uma tática usada para deixar mulheres e crianças vulneráveis a sequestros, casamento e recrutamento forçados.
De acordo com a agência Fides, muitas das vítimas desses ataques eram deslocados que haviam fugido de suas casas e comunidades por causa da violência de grupos armados e de extremistas. Os sobreviventes dos ataques, incluindo muitos cristãos, deixaram a vila de Manni.
O líder de campo da Portas Abertas na África Ocidental explicou que há um trabalho para localizar as pessoas que fugiram do vilarejo para comunidades vizinhas para apoiá-las em suas diversas necessidades. O projeto de socorro a cristãos deslocados, que já estava planejado, precisou ser suspenso.
Ataques constantes
No mês de agosto, o grupo jihadista Jama’t Nusrat al-Islam wa al-Muslimin (JNIM) atacou os habitantes de Barsalogho, na província de Sanmatenga, enquanto cavavam trincheiras. Estimativas iniciais indicavam que entre 300 e 400 pessoas, principalmente civis, foram mortas.
No entanto, relatórios recentes indicam que 600 pessoas morreram nesse ataque. Pelo menos 28 das vítimas eram cristãs e as demais eram soldados e membros dos Voluntários para a Defesa da Pátria (VDP).
No dia seguinte, outro grupo jihadista afiliado ao JNIM atacou a igreja Christian Alliance na vila de Kounla. Os agressores alvejaram lares cristãos, forçaram os homens a entrarem na igreja e executaram 30 deles. Fontes locais dizem que 27 das vítimas eram cristãs.
Pedidos de oração
- Ore por consolo, cura e suprimento das famílias e amigos das pessoas mortas e dos sobreviventes.
- Clame pela paz e pelo fim dos grupos armados e extremistas na África Subsaariana.
- Interceda por sabedoria e discernimento aos governantes do país, para que combatam a violência e socorram a população.
- Peça pela conversão dos jihadistas, para que tenham suas vidas transformadas por Cristo.